
Todos os dias iguais. Palavras superficiais, vazias. No blábláblá cotidiano me assisto como num filme, escuto minha voz ausente, vejo-me definhar no abismo do mundo perceptual. Talvez esse mundo não seja pra mim... Sinto o vazio sinistro à minha volta me consumir, como se eu fosse mais uma, e ao mesmo tempo não. Não sei até que ponto as pessoas são parecidas comigo, mas a discrepância em seus discursos é imensa. Os problemas da vidinha prostituída, sem fundamentos, chulos, fúteis. Mais uma, mais um, perdidos na mesmice. O desamparo, amargura de viver, a angústia existencial que sinto não se comparam ao que sou na superfície. Os dedos 'digitantes' clamam por um dono, não por um fantoche. Preciso sair da superfície.
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Emo
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